Tangos russos gogolianos,
vodka marinheira em coxa argentina,
fados toureiros vitoriosos,
cornetas na noite mourisca.
Narguilhés de tempos imemoriais,
tarimbas soam internacionais,
danço o mundo apaixonado,
pelos portos abandonados.
O mar é minha cama,
solidão da estepe calma africana,
encantador de serpentes insegurança,
incenso e cheiro a barro.
Violinos ciganos à fogueira,
vagabundo no sangue irrequieto,
lágrimas sorvidas terra sedenta,
morrerei na terra infinita.
Zé Chove
3.12.07
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