13.10.08

Herberto Helder – A cabeça entre as mãos

(…)
Ou no poema
a parte fêmea instrumentada pela
magnificência,
O que nele se talha
em som escrito : órgão,
mão que revolves a substância primordial,
Barro
fundamento, Que hausto atenda à força
respirada
pela carne em poder,
O nó
coronário de uma estrela,
Peso e melancolia
da riqueza
e do medo, E que me assome Deus às partes
graves : com sua luva súbita
no abismo,
É ao meu nome que regresso : à ameaça,
A limpidez
atravessa-me pelos furos naturais
ardidos,
Entra um astro
por mim dentro :
faz-me potência e dança,
Que toda a noite do mundo te torne humana :
obra



(ps:não consigo formatar o poema)

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