A sombra sentada envolta num halo azul petróleo expele aflitas baforadas de vapor provocando o pingar do tecto da câmara de refrigeração.
Os nossos latidos frenéticos ecoaram diabolicamente na enquinada chapa do hangar.
Tacteámos como cegos o cavername expostos de batalhões de máquinas. O nosso conforto eram mãos no escuro sofregamente entrelaçadas como num acto da amor.
Sonhámos com a ressonância das palavras
O mesmo eco libertado do sino nos vales
Quando saímos à noite juntos somos como dois leões treinados para caçar em equipa.
Sonolento sobre o estirador decido a vida de centenas de pessoas.
Mãos ambiciosas na escuridão
Não suportava mais o cheiro a cebolas na minha mão por isso cortei-a.
Se os olhos denunciam a ansiedade dos encontros ponde o Nevermind no stereo.
Também quem é que nunca bebeu gin duma bota de cano alto?..
14.1.10
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