Neurónios ou cariátides suportes da memória
Queridas estátuas gastas do vento (o passar
Do tempo) na acrópole ao cimo do pescoço.
Ao longe o murmúrio dum soluço
Um dó absoluto que faz vibrar
Os tímpanos do oratório
Um colírio que faz chorar
E reflete na tensão que o sentimento um dia lavrou
Rachas no pensamento e o templo pétreo
Do céu deixa de ser abrigo
E os astros que brincavam matematicamente
Com os ângulos dos vossos braços empalidecem
Sobre um montão de areia que vento espalha
Desenfreado.
Zé Chove
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