Não tenho nenhuma paixão de longa data
que não vejo à décadas por que os nossos
passos
se separaram mergulhando na melancolia
de doces memórias a reviver um dia
não conheci a garota na força da juventude
abraçando-a numa prisão de loucura e
músculos
nem chorei depois sem forças a nossa
partida
porque não conheci, moça, mulher ou
rapariga
Mas abate-se sobre mim nos fins de tarde
quando a solidão aperta nos prados verdes
pardos
uma espécie de triste vontade que me afunda
de ter tido no passado um amor por quem
pudesse chorar
alguém a quem quisesesse de uma forma tão
profunda
que me levasse a implorar, implorar,
implorar
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