31.7.12
Nas Montanhas
As montanhas vão galgando todo o espaço que a vista alcança. Tingidas de uma neblina que resplandece com os raios solares do final tarde. De memória não sei precisar se o seu tom era cinzento, rosado ou talvez violeta e perto do céu esverdeado azulado. Os montes são docemente arredondados como hematomas roxos na cabeça duma criança. No caminho as aflorações xistosas surgem como os despojos de tesouros abandonados à pressa, com os seus laivos doirados de óxidos ferrosos e a riqueza das formas. Os tojos envolvem estes retábulos como aconchegos de penas verdes frondosas. Não saberia precisar o que mais entusiasma se a segurança das formas laminadas pelas intempéries milenares se a loucura das cores vermelho sangue de boi, laranja, verdes, pretos profundos matizados os tons pelo vinagre ácido e corrosivo do óxido. Dentro das montanhas não existe manhã, tarde ou noite somente desregulos de calor superficiais.
Por ali, falo-vos da Aldeia da Pena, andava uma pastora controlando as suas cabras estrada acima estrada abaixo num automóvel vermelho de pintura coçada. Almoçava na beira da estrada com as pernas fora do carro meditando dentro do tupperware.
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