Caminho no alcatrão ao longo do muro
de tijolo antigo com vidro de garrafas
agarradas ao betão e imagino
os braços esfacelados as veias
cortadas O sangue secando ao sol
sem alguém que me ampare na morte
Aguardo à frente à sombra da pesada
figueira exausta que apoia os braços
carregados de lampos figos no muro
e sangra dos cotovelos a seiva
branca e viscosa desenhando as gretas
dos tijolos carcomidos em pó
dentro nos podres ocos que se abrem
lentamente em miragem de calor
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