Lázaros e coríntios são
sábios que se sentam à sombra na boca do poço
e falam com brisas
ouvem os passos do sol que trilha os imensos espaços
que a vista alberga sem se apegar
ouvem o gemer da areia que se despende do reboco
dos tijolos daquela branca parede que vai descongelando o reboco
ouvem o roçagar dos vestidos que atravessam a praça
e o sublime espadanar dum voo dum preguiçoso pássaro
que adormece nas fuças do vento quente enfiando o bico na morte do bafo que se
levanta grosso, sem barulho, cheio de sal, veneno, morte, escorpião em poalho e
vingança islâmica e vingança ardurosa judaica e ainda que não tenha som se
alevante o coríntio, com uma ligeira mezena que faça a túnica cair sem vincos e
se abrigue em casa porque vem ai tempestade
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