28.3.14

Banda “A-Mal-Gamados”

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Rastros de Verniz Caseoso
Névoa de hemangiomas
Que lavo de beijos
raízes sonhadas à flor da pele
Lanugem de pêssego sonhada
Petéquias rubras de paixão
Que conto até adormecer
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Saltei por essa janela de mercado
aberta desde o ano passado
e congreguei essas fileiras estreitas
de pessoal desempregado!
E foi então como uma doença venérea
que esse filho me veio aos braços
tive que alimentá-lo de esperanças,
biscoito polvilho e guardanapos
e todos os dias imaginava a inversão
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A live less competitive or a liveless competitive
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Milonga milonga no assum sabiá
é um samba bonfafá
e a sunga bunduda subindo ao ingá
é um sonho de sinhá
e a frecha molesta-a
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Sou dum estado pequeno ao norte
onde dizem que tudo começou
 dizem que já não é Brasil, mas
nessa cantiga não vou
 uns lhe chamam Lusitânia
 outros somente Portugal
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figueira da foz tem tanta areia
o meu coração tem mar
o meu mar tem meu amor
nadando da foz até buarcos
anjos na neve tá calor
christmas carols
carocóis de crista à beira da estrada
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Há um grande morro em Niterói
onde nunca ninguém sobe
uma rocha careca brilhando ao sol
talvez por ter uma favela por perto

um lugar só tocado pelo sol
a grama e as serpentes
velhas bruxas é o que dizem entre dentes
e lá de cima eu vejo
uma praia onde nunca ninguém vai
com um mar entre o azul e o verde
talvez por ser área militar sei lá

e nas areias claras descansa
uma garota onde nunca ninguém vai
de pele morena e olhar de boneca
talvez pelo pai ser pastor
vá se lá saber
o certo é que nunca ninguém lá vai
nunca ninguém lá vai
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Cagalhões remolhados da bolina
restolhada das vagas fracas da baia
enchem dum pesticida as neblinas
que sufocam a cidade
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Morde-me a zaga
curte-me a estrada
força-me a frágua
dispara. Não. Para.
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Os ratos entram na lixeira
do final do Mac drive
e a vendedora sem clientes
medita na lua distraída

Quero baixar seu jeans apertado
ver suas carnes saltar
rasgar os botões de sua camisa.. bonita
sentir o seu peito palpitar
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eu não trabalho eu escrevo e nada temo
que já me assinaram a carteira mas penso
nas injustiças desta escravatura em que vivemos
o sol que pede a revolução interior
se esconde o corpo e pede uma outra
revolução assim mais acompanhada
pelas ruas em quebra-quebra vai oh corpo
informe que a manhã não tem mais fim
pastelada nos cantos negros das ruas
vai se a tarde amalgamada sem interesse
em glossolália, suspiros e sonhos amalgamados

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