deixo os móteis em fogo
uma ardência nas candurosas bocas brandas
levemente babadas
e passo jingando o molho de cordas chicoteando as latas de lixo
chuto o ar epilático das costas salto numa só bota com a outra perna esticada como o angus
e atiro o meu corpo contra as vitrines de noite
encharcado de amêndoa amarga morna tragada como se fosse leite podre
jamais me defino jamais me definho jamais me dê filho
jamaaaais me dêÊÊ fino
deixem emancipar-se a juventude deixem que se instale a preguiça
vou de óculos escuros cruzando o imaviz 4 da manhã de segunda
sem nenhum osso partido no esqueleto
um swingar de flippers
falando com as lixeiras e os postes
um medo dos crimes
mas sentindo-me um rei cigano
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