de dor
pois unidos jamais ficarão.
as doçuras loucas
o pranto em esperança
do irmão orgulhoso e cego de amor.
vêm descer o outro,
sujo com langor
a morder-lhe as esquecidas chagas
como um cão.
e os dois assim de novo
esmagados pela vergonha,
fedorentos da imundície morna
que tragaram
resfolegam doidos e sedentos da paz e alegria que mataram,
e berram em silêncio.
mordem os lábios contra si mesmos
infligem-se a si próprios dor
e querem começar de novo
porque o demo já se satisfez.
Lúcia
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