Sobes e deitas para trás o olhar mais largo
Como homem que o trigo lança de esperança
Constróis muros e armazenas o passado
Na talha de penumbra vertes a obra
Decepas os galhos à árvore morta
Deixa-la sem forma lisa sob teus calos
Escorrega-lhe a alma ao tronco sem casca
Como remorso aplana o passado
Acolho-me às covas de teu regaço oh terra
Sorvo as papas da malga torta de barro
Agarro-me e rumino nestes tristes pastos
Que adiantam paredes se a terra já está rasgada
Adensa-te bruma e esconde meus covões
Encobre a vergonha engole as desilusões
Como homem que o trigo lança de esperança
Constróis muros e armazenas o passado
Na talha de penumbra vertes a obra
Deixa-la sem forma lisa sob teus calos
Escorrega-lhe a alma ao tronco sem casca
Como remorso aplana o passado
Sorvo as papas da malga torta de barro
Agarro-me e rumino nestes tristes pastos
Adensa-te bruma e esconde meus covões
Encobre a vergonha engole as desilusões