25.3.21

Carrasca Esperança

Sobes e deitas para trás o olhar mais largo
Como homem que o trigo lança de esperança
Constróis muros e armazenas o passado
Na talha de penumbra vertes a obra
 
Decepas os galhos à árvore morta
Deixa-la sem forma lisa sob teus calos
Escorrega-lhe a alma ao tronco sem casca
Como remorso aplana o passado  
 
Acolho-me às covas de teu regaço oh terra
Sorvo as papas da malga torta de barro
Agarro-me e rumino nestes tristes pastos
 
Que adiantam paredes se a terra já está rasgada
Adensa-te bruma e esconde meus covões
Encobre a vergonha engole as desilusões

Sem comentários:

Enviar um comentário

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...