Falava arrastado,
olhar esgazeado.
Barba dura,
olhar de bezana pura.
No chão deitado,
não vivia ralado.
Vasco Vides
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9.7.07
Cheio a Rebentar
Cheio a rebentar,
fúria pura!
Bomba a estoirar,
força bruta!
Plena energia descomunal,
chapadão na cara vermelhona!
Vasco Vides
fúria pura!
Bomba a estoirar,
força bruta!
Plena energia descomunal,
chapadão na cara vermelhona!
Vasco Vides
6.7.07
Fui Escrevendo
Fui escrevendo sem nexo,
meus amores sem um destino.
É arte moderna desconexa,
galguei montanhas rochedos.
Bati tropecei sem saber,
a pensar no que havia de escrever.
Fechei os olhos e brotou,
qualquer coisa que soou.
Amanhã serei conhecido,
pelos poemas arrojados,
desferidos não pensados.
Atirei o barro ainda mole,
contra parede branca imaculada,
com ignorância alguém o engole.
Vasco Vides
meus amores sem um destino.
É arte moderna desconexa,
galguei montanhas rochedos.
Bati tropecei sem saber,
a pensar no que havia de escrever.
Fechei os olhos e brotou,
qualquer coisa que soou.
Amanhã serei conhecido,
pelos poemas arrojados,
desferidos não pensados.
Atirei o barro ainda mole,
contra parede branca imaculada,
com ignorância alguém o engole.
Vasco Vides
Alpendre_2
Encostou a cabeça da amada, bem penteada de risco ao meio,
contra o seu peito e suspiraram profundamente em uníssono,
como um dueto.
Com o braço rodeando a anca larga do marido,
deixou-se desequilibrar para cima dele para sentir o seu apoio.
Ele pegou no seu queixo miudinho e ficaram de testas apoiadas olhando-se mutuamente. Ao fundo a praia entardecida, no alpendre.
Mário
contra o seu peito e suspiraram profundamente em uníssono,
como um dueto.
Com o braço rodeando a anca larga do marido,
deixou-se desequilibrar para cima dele para sentir o seu apoio.
Ele pegou no seu queixo miudinho e ficaram de testas apoiadas olhando-se mutuamente. Ao fundo a praia entardecida, no alpendre.
Mário
Toiro
No último trimestre perdera a sua mãe, a mulher e a filha.
Andava aluado no meio da praça,
feito um caco humano, ainda com a força de um toiro,
olhavam-no os conhecidos com piedade.
Mário
Andava aluado no meio da praça,
feito um caco humano, ainda com a força de um toiro,
olhavam-no os conhecidos com piedade.
Mário
Alpendre
Desfiava os restos do porco no fim do almoço.
A mesa posta no alpendre soalheiro.
Zé sacou do canivete, já meio adormecido, e pôs-se a sacar esterco das unhas.
Dolores depois de nos ter servido lá começou a sorver a sua sopa.
Olhei o horizonte de cenho semicerrado e cocei o bandulho.
Repassei os trabalhos que ainda tinha pela frente.
Mário
A mesa posta no alpendre soalheiro.
Zé sacou do canivete, já meio adormecido, e pôs-se a sacar esterco das unhas.
Dolores depois de nos ter servido lá começou a sorver a sua sopa.
Olhei o horizonte de cenho semicerrado e cocei o bandulho.
Repassei os trabalhos que ainda tinha pela frente.
Mário
4.7.07
Festa
Um t-rex esmagando os Cadillacs,
entre as torres desta mega cidade.
Mulheres gritando em desespero,
fogo e explosões por todo o lado.
A culpa é tua que não quiseste vir ao café comigo.
Elefantes rebentando pelas lojas,
velhos doidos ás cambalhotas.
Tremores de terra e furacões,
mortandade e fúria de leões.
A culpa é tua que não respondeste à minha mensagem.
Mário Ovo
entre as torres desta mega cidade.
Mulheres gritando em desespero,
fogo e explosões por todo o lado.
A culpa é tua que não quiseste vir ao café comigo.
Elefantes rebentando pelas lojas,
velhos doidos ás cambalhotas.
Tremores de terra e furacões,
mortandade e fúria de leões.
A culpa é tua que não respondeste à minha mensagem.
Mário Ovo
Não, não
Não chega
todos os esforços feitos
todo empenho sem jeito
Não chega
Não basta
todos os sorrisos forçados
todos os esquemas delineados
Não basta
Não chega
toda a pele rasguei
desejando loucamente
de cabeça me atirei
Não chega
Já basta
não me ouviste até agora
desprezas-te os meus poemas
te foste embora
Já basta
Vasco Vides
todos os esforços feitos
todo empenho sem jeito
Não chega
Não basta
todos os sorrisos forçados
todos os esquemas delineados
Não basta
Não chega
toda a pele rasguei
desejando loucamente
de cabeça me atirei
Não chega
Já basta
não me ouviste até agora
desprezas-te os meus poemas
te foste embora
Já basta
Vasco Vides
Manhã
Macaquinhos gritavam no castelo decrépito,
sensação de enjoo no estômago,
lá me levanto meio zonzo,
o céu ainda está cinzento.
Saiu à rua que ruge, como um leão adormecido.
Os becos sonolentos exalam vapores de imundície,
o frio rasga-me os olhos em lágrimas.
Será que escolhi a minha melhor roupa?
Não me apetece trabalhar,
as mãos estão quentinhas nos bolsos.
Um dragão bufa metálico,
chegou o autocarro.
As calças largas dão um estilo bacano.
Mário Ovo
sensação de enjoo no estômago,
lá me levanto meio zonzo,
o céu ainda está cinzento.
Saiu à rua que ruge, como um leão adormecido.
Os becos sonolentos exalam vapores de imundície,
o frio rasga-me os olhos em lágrimas.
Será que escolhi a minha melhor roupa?
Não me apetece trabalhar,
as mãos estão quentinhas nos bolsos.
Um dragão bufa metálico,
chegou o autocarro.
As calças largas dão um estilo bacano.
Mário Ovo
Tomo duche
Tomo duche agradecido,
o vapor perfumado envolve a luz matinal.
Penso no dia decidido,
hoje vou estar sozinho a ouvir música no quintal.
Talvez te ligue para jantar,
estes momentos de paixão não os quero gastar.
Lentamente vou sonhando,
todos os meus sentidos estão sob o teu comando.
Vasco Vides
o vapor perfumado envolve a luz matinal.
Penso no dia decidido,
hoje vou estar sozinho a ouvir música no quintal.
Talvez te ligue para jantar,
estes momentos de paixão não os quero gastar.
Lentamente vou sonhando,
todos os meus sentidos estão sob o teu comando.
Vasco Vides
Gordo
Gordo borrachoso a cair avenida abaixo,
camisa suja em contraste com o bairro fino.
Praguejava feliz, bêbado como um cacho,
parecia de goma bolachudo.
Tropeçou nas calças descaídas,
deu com as trombas numa fossa.
Vasco
camisa suja em contraste com o bairro fino.
Praguejava feliz, bêbado como um cacho,
parecia de goma bolachudo.
Tropeçou nas calças descaídas,
deu com as trombas numa fossa.
Vasco
3.7.07
Valsa
Valsa serena na eira da tua casa,
passos delicados para o teu pai não ouvir.
O sol acorda e abrasa,
foge pela janela, eu corro pra casa a sorrir.
Não vale a pena ir dormir,
o meu peito vai explodir!
Diniz
passos delicados para o teu pai não ouvir.
O sol acorda e abrasa,
foge pela janela, eu corro pra casa a sorrir.
Não vale a pena ir dormir,
o meu peito vai explodir!
Diniz
Sonho
Hoje sonhei com carros a bombar,
os pistons frenéticos a estoirar.
Estradas soalheiras com palmeiras,
o mar ao longe reflectia o teu sorriso.
Vasco Vides
os pistons frenéticos a estoirar.
Estradas soalheiras com palmeiras,
o mar ao longe reflectia o teu sorriso.
Vasco Vides
Aí está
I need
I need you crazy
I love all you baby
I want you maybe
Your my lady
Without you im getting lazy
Your my dasie
Im so happy
Shleappy
Vasco
I love all you baby
I want you maybe
Your my lady
Without you im getting lazy
Your my dasie
Im so happy
Shleappy
Vasco
Primavera
Entre as ondas gigantes,
colhemos lírios encantados,
agarrado ao teu cabelo flutuante.~
Diniz
colhemos lírios encantados,
agarrado ao teu cabelo flutuante.~
Diniz
Muita louco!
Muita louco!
Um gajo muita louco,
colete de cabedal sobre o couro,
fios de ouro a tilintar,
madeixas de óleo a balançar.
Bate nos amigos com as botas de biqueira
ele é um xunga.
Cheiro a cebolada nas unhas,
cospe no meio da sala de jantar.
O seu olhar vago, procura novas artimanhas,
jola junto ao peito apoiado na Famel,
ele é muita louco.
Acho que a minha prima está apaixonada!
Vasco
Um gajo muita louco,
colete de cabedal sobre o couro,
fios de ouro a tilintar,
madeixas de óleo a balançar.
Bate nos amigos com as botas de biqueira
ele é um xunga.
Cheiro a cebolada nas unhas,
cospe no meio da sala de jantar.
O seu olhar vago, procura novas artimanhas,
jola junto ao peito apoiado na Famel,
ele é muita louco.
Acho que a minha prima está apaixonada!
Vasco
29.6.07
De Manhã
Guitarras estridentes a rasgarem,
os meus ouvidos deliciados,
de melodias melosas escondidas,
entre sons sujos massacrados.
Baterias fortes marcam os meus passos,
pela rua emproado,
cheio de sons e ritmos,
com a força do rock.
A rasgar as filas do autocarro,
aposto que as velhas olham para mim,
novo, doido e violento
mas a loucura sabe me bem.
Os estoiros tribais nos tímpanos,
a manhã dança nos meus olhos,
mortos para a realidade,
vívidos de sonhos!
Vasco
os meus ouvidos deliciados,
de melodias melosas escondidas,
entre sons sujos massacrados.
Baterias fortes marcam os meus passos,
pela rua emproado,
cheio de sons e ritmos,
com a força do rock.
A rasgar as filas do autocarro,
aposto que as velhas olham para mim,
novo, doido e violento
mas a loucura sabe me bem.
Os estoiros tribais nos tímpanos,
a manhã dança nos meus olhos,
mortos para a realidade,
vívidos de sonhos!
Vasco
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