às vezes é duro amar-te.
deixo entrar a melancolia
será que é melancolia?
penso no que deixei...
não penso nada!
às vezes gosto de irritar-te
o nosso amor é tão intenso.
Madalena Nova
24.7.07
hoje ainda não me lembrei do teu rosto
hoje ainda não me lembrei do teu rosto.
Sei bem o que passamos juntos.
e ainda choro ao ouvir o teu nome.
mas agora que estou com ela
já não sei de quem gosto mais
e ao teu lado sinto-me agora sempre estranho
antes de estar contigo recolho pequenas histórias alegres
para te contar para reviver os nossos momentos.
mas são fugazes os nossos encontros...
Lúcia
Sei bem o que passamos juntos.
e ainda choro ao ouvir o teu nome.
mas agora que estou com ela
já não sei de quem gosto mais
e ao teu lado sinto-me agora sempre estranho
antes de estar contigo recolho pequenas histórias alegres
para te contar para reviver os nossos momentos.
mas são fugazes os nossos encontros...
Lúcia
A criança na sua inconsciência
A criança na sua inconsciência
força a mãe já derreada
a mais um puxão de rompante
no autocarro a abarrotar
ela chora e esperneia endiabrada
apesar dos beijos da sua amante
que é jovem mas já anda a trabalhar.
Zé Chove
força a mãe já derreada
a mais um puxão de rompante
no autocarro a abarrotar
ela chora e esperneia endiabrada
apesar dos beijos da sua amante
que é jovem mas já anda a trabalhar.
Zé Chove
Voltou a mudar de posição
Voltou a mudar de posição
na cama já sem frescos recantos.
Esmagou na almofada os seus prantos
porque alguém lhe levou o coração.
Lúcia
na cama já sem frescos recantos.
Esmagou na almofada os seus prantos
porque alguém lhe levou o coração.
Lúcia
23.7.07
Músculos de granito
Músculos de granito,
servente do senhor,
esmagado sob o sol abrasador,
construindo um lugar bonito.
Dia todo sem descanso,
vai nascendo a casa,
ao fim tarde já manso,
fica a faltar o telhado.
André Istmo
servente do senhor,
esmagado sob o sol abrasador,
construindo um lugar bonito.
Dia todo sem descanso,
vai nascendo a casa,
ao fim tarde já manso,
fica a faltar o telhado.
André Istmo
O tempo frio acizentado
O tempo frio acizentado,
o corpo fraco e adoentado,
a solidão da casa outrora cheia,
adolescente louco e sem ideias,
de novo esparramado no sofá.
Pensamentos em catadupa,
mais uma série que não é assim tão má,
uma leve sensação de culpa.
A vontade de explodir e quando chegam
com barulho infernal os trovões...
Mais um dia entediante,
mas o sono não chega e está calor.
A mesma música,
não me diz nada,
mas o tom é doce e acompanha,
os pensamentos estúpidos que eu tenha.
Também me passam pela cabeça,
temas sérios, a vida e a morte,
e faço planos que cumprirei se tiver sorte,
mas agora já começa outro programa.
É assim eu sei que é triste,
uma juventude mole e sem vontade,
morrem novos de saudade,
da vida que não viveram.
Porque a tv não deixa dúvidas,
toda a gente é assim,
nascem comem, choram e morrem,
tentam ser ricos até ao fim.
Mas agora preciso de me preocupar com quê?
A vida é boa...
Zé Chove
o corpo fraco e adoentado,
a solidão da casa outrora cheia,
adolescente louco e sem ideias,
de novo esparramado no sofá.
Pensamentos em catadupa,
mais uma série que não é assim tão má,
uma leve sensação de culpa.
A vontade de explodir e quando chegam
com barulho infernal os trovões...
Mais um dia entediante,
mas o sono não chega e está calor.
A mesma música,
não me diz nada,
mas o tom é doce e acompanha,
os pensamentos estúpidos que eu tenha.
Também me passam pela cabeça,
temas sérios, a vida e a morte,
e faço planos que cumprirei se tiver sorte,
mas agora já começa outro programa.
É assim eu sei que é triste,
uma juventude mole e sem vontade,
morrem novos de saudade,
da vida que não viveram.
Porque a tv não deixa dúvidas,
toda a gente é assim,
nascem comem, choram e morrem,
tentam ser ricos até ao fim.
Mas agora preciso de me preocupar com quê?
A vida é boa...
Zé Chove
depois de tanto tempo
depois de tanto tempo a querer fazer as coisas com jeitinho
tarefa insignificante
mas feita com carinho
vem ela bruta e autoritária
já com o saco cheio
e despeja a sua raiva otária
sobre o pobre menino feio.
Diniz Giz
tarefa insignificante
mas feita com carinho
vem ela bruta e autoritária
já com o saco cheio
e despeja a sua raiva otária
sobre o pobre menino feio.
Diniz Giz
quem me dera ter
quem me dera ter
alguma coisa para contar
queria saber escrever
não sei por onde começar
um pouco de sentimento
uma estória cativante
adjectivos e ritmo lento
escritos de rompante
quem me dá uma frase?
bela e plena de sentido
que me ajude nesta
árdua tarefa a que aspiro.
Brás
alguma coisa para contar
queria saber escrever
não sei por onde começar
um pouco de sentimento
uma estória cativante
adjectivos e ritmo lento
escritos de rompante
quem me dá uma frase?
bela e plena de sentido
que me ajude nesta
árdua tarefa a que aspiro.
Brás
O lençol quente pegado ao corpo
O lençol quente pegado ao corpo,
morto de sono,
um tédio louco que me esmaga.
Não fez nada e não sabe o que deve fazer,
alguma coisa gostaria de fazer,
que desse alguma paz aos seus desejos,
que lhe matasse a vontade de correr à solta desenfreado,
distribuindo estoiros e pontapés para todo o lado.
e qualquer picada e insolente ao de leve na perna ou na barriga
causa lhe um estorvo que o irrita e rasga e bate e esmaga e grita
e o que é que o acalma?
alguma voz mais doce
ou uma melodia
o vislumbrar de algo diferente para fazer,
algo simples não muito exigente.
Filipe Elites
morto de sono,
um tédio louco que me esmaga.
Não fez nada e não sabe o que deve fazer,
alguma coisa gostaria de fazer,
que desse alguma paz aos seus desejos,
que lhe matasse a vontade de correr à solta desenfreado,
distribuindo estoiros e pontapés para todo o lado.
e qualquer picada e insolente ao de leve na perna ou na barriga
causa lhe um estorvo que o irrita e rasga e bate e esmaga e grita
e o que é que o acalma?
alguma voz mais doce
ou uma melodia
o vislumbrar de algo diferente para fazer,
algo simples não muito exigente.
Filipe Elites
Cit.#4 - Sophia de Mello Breyner
Meditação do Duque de Gandia Sobre a Morte de Isabel de Portugal
Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Sophia de Mello Breyner
Mar Novo, 1958
Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Sophia de Mello Breyner
Mar Novo, 1958
20.7.07
uivante e indiscreto
uivante e indiscreto,
enfiando-se pelas fraldas das camisas,
uma nuvem de pó e folhas secas,
galopava na nossa direcção.
o sol vencido retirava-se,
nuvens grosas planavam molengonas,
andávamos inclinados fazendo-lhe frente,
com as trunfas enfunadas,
e os olhos semicerrados.
de súbito lambeu-nos a espinha um arrepio gélido,
entre nós desabafos surdos no meio do vendaval,
eu não quis falar,
um peso negro vergou-me o tronco.
Filipe Elites
enfiando-se pelas fraldas das camisas,
uma nuvem de pó e folhas secas,
galopava na nossa direcção.
o sol vencido retirava-se,
nuvens grosas planavam molengonas,
andávamos inclinados fazendo-lhe frente,
com as trunfas enfunadas,
e os olhos semicerrados.
de súbito lambeu-nos a espinha um arrepio gélido,
entre nós desabafos surdos no meio do vendaval,
eu não quis falar,
um peso negro vergou-me o tronco.
Filipe Elites
enche o peito brada
enche o peito brada,
boca cheia esmaga,
fogo líquido cego,
dor cortada à espada.
mão no peito dispara,
olhos fechados chapada,
sangue quente se espalha,
mancha brilha agarra.
o braço frouxo tomba,
fronte inerte quebrada,
alma levanta e rasga,
o fio prata no bico da pomba.
Zé Chove
boca cheia esmaga,
fogo líquido cego,
dor cortada à espada.
mão no peito dispara,
olhos fechados chapada,
sangue quente se espalha,
mancha brilha agarra.
o braço frouxo tomba,
fronte inerte quebrada,
alma levanta e rasga,
o fio prata no bico da pomba.
Zé Chove
Na aldeia
Na aldeia gasta eterna do meu coração,
beleza dura nas penhas cortadas.
Em bronze gasto, verde e quebrado,
sinos de aldeia abandonada em pó,
neblinas alvas voando livres,
o silêncio esquecido de madrugadas.
As casas vazias de xisto tão sós,
o húmido da serra escadeada de verde.
pássaros piando de dor,
subitamente um grito rasgando o céu.
O peito a ferver de expectativa,
a espinha rasgada por um rastilho frio,
seria de - solidão, terror ou amor?
Com certeza de homem,
pulmões em sangue em dor?
As colinas repetem até ao infinito
a explosão lancinante dum louco?
Filipe Elites
beleza dura nas penhas cortadas.
Em bronze gasto, verde e quebrado,
sinos de aldeia abandonada em pó,
neblinas alvas voando livres,
o silêncio esquecido de madrugadas.
As casas vazias de xisto tão sós,
o húmido da serra escadeada de verde.
pássaros piando de dor,
subitamente um grito rasgando o céu.
O peito a ferver de expectativa,
a espinha rasgada por um rastilho frio,
seria de - solidão, terror ou amor?
Com certeza de homem,
pulmões em sangue em dor?
As colinas repetem até ao infinito
a explosão lancinante dum louco?
Filipe Elites
Vai um chazinho?
Vai um chazinho com um preto do Bronx
num palacete perdido na Brandoa antiga?
Filipe Elites
num palacete perdido na Brandoa antiga?
Filipe Elites
Esquilitos pretos
Esquilitos pretos saltavam endiabrados de árvore em árvore,
O ar cheirava a teias de aranha e pó das tocas das raposas,
Corria tresloucado no meio da noite, sem tropeçar nas raízes soltas.
Lúcia
O ar cheirava a teias de aranha e pó das tocas das raposas,
Corria tresloucado no meio da noite, sem tropeçar nas raízes soltas.
Lúcia
Já
Já morreu. Cantou de mansinho,
e abalou deixando um leve traço,
de carvão.
Levou um pedaço dos seus,
traçou um fósforo nos céus.
o seu amor em estar connosco ao jantar,
na velha casa dos nossos avós,
o cheiro que ficava depois dos seus banhos demorados.
Lúcia
e abalou deixando um leve traço,
de carvão.
Levou um pedaço dos seus,
traçou um fósforo nos céus.
o seu amor em estar connosco ao jantar,
na velha casa dos nossos avós,
o cheiro que ficava depois dos seus banhos demorados.
Lúcia
Latinhas chocalhando
Latinhas chocalhando na pobre rua,
Os latidos dos gaiatos erguem-se até ao sol.
Num piscar de olhos apareceste como um solo,
Cadenciando as ancas no bater do meu coração.
Manuel Bisnaga
Os latidos dos gaiatos erguem-se até ao sol.
Num piscar de olhos apareceste como um solo,
Cadenciando as ancas no bater do meu coração.
Manuel Bisnaga
Rock_9
Bom bpom bum bom
Fomos vários de braço dado avenida abaixo,
Partindo todas as montras!
Estamos fartos dos filmes do canal dois nos Sábados à tarde,
Mergulhamos doidos no tejo frio e poluído,
Como os nossos pensamentos revolto.
Cada vez mais fundo,
Piruetas e bandas de tamboretes na 24 de julho num dia de chuva intensa,
Já vejo o Chiado a arder.
Ahhhhhhhhh!
Salta salta pula pula bata bata,
Os velhos com cartazes encafuados ,
na rotunda do Marquês em dia de calor à hora de maior trânsito.
Os polícias divertindo-se no Mac do Colombo bebendo laranjadas.
Gritam pretos no centro do círculo de São Bento,
Portugal é nosso.
Enquanto o segurança de Badajoz os controla através da vídeo-vigilância.
Abraço-me num pico de loucura a todas as árvores do jardim
Constantino - por favor não se vão embora.
Os miúdos do Camões mastigam vidros e o sangue
das suas gengivas descarrega-se no autoclismo do presidente da câmara.
Que raiva raiva!
Quem é que ligou às minhas tias?
Pensei que a festa era só para jovens...
Saiam daqui!
Mete-te em todos os becos e grita urra e chia!
Arrasta os cães pelos pêlos e chuta todos os cagalhotos que encontrares,
E quando acordas hummmmm...
Que cheirinho a sopa de feijão.
Vasco Vides
Fomos vários de braço dado avenida abaixo,
Partindo todas as montras!
Estamos fartos dos filmes do canal dois nos Sábados à tarde,
Mergulhamos doidos no tejo frio e poluído,
Como os nossos pensamentos revolto.
Cada vez mais fundo,
Piruetas e bandas de tamboretes na 24 de julho num dia de chuva intensa,
Já vejo o Chiado a arder.
Ahhhhhhhhh!
Salta salta pula pula bata bata,
Os velhos com cartazes encafuados ,
na rotunda do Marquês em dia de calor à hora de maior trânsito.
Os polícias divertindo-se no Mac do Colombo bebendo laranjadas.
Gritam pretos no centro do círculo de São Bento,
Portugal é nosso.
Enquanto o segurança de Badajoz os controla através da vídeo-vigilância.
Abraço-me num pico de loucura a todas as árvores do jardim
Constantino - por favor não se vão embora.
Os miúdos do Camões mastigam vidros e o sangue
das suas gengivas descarrega-se no autoclismo do presidente da câmara.
Que raiva raiva!
Quem é que ligou às minhas tias?
Pensei que a festa era só para jovens...
Saiam daqui!
Mete-te em todos os becos e grita urra e chia!
Arrasta os cães pelos pêlos e chuta todos os cagalhotos que encontrares,
E quando acordas hummmmm...
Que cheirinho a sopa de feijão.
Vasco Vides
Tens inocência nos olhos
Tens inocência nos olhos, apesar deste mar de podridão,
Mas já baloiças desamparada...
Os tubarões já te rodeiam.
Lúcia
Mas já baloiças desamparada...
Os tubarões já te rodeiam.
Lúcia
Entre o ódio
Entre o ódio e a inveja que lhes tinha
Vi com deleite que uma alma querida
A eles se entregava
Não para mim não queria
Mas para ele....
Que alegria
Vasco Vides
Vi com deleite que uma alma querida
A eles se entregava
Não para mim não queria
Mas para ele....
Que alegria
Vasco Vides
Sonhos de jovens engarrafados
Sonhos de jovens engarrafados,
Boiando numa sopa de grelos,
Cegos atrás da música mais doce,
Morrem nas ondas esmagados.
Demasiada paixão, pouca sinceridade,
Ardem desejos num peito sem oxigénio,
Explodem rasgados de dor,
Esquecidos morrem nas avenidas.
Filipe Elites
Boiando numa sopa de grelos,
Cegos atrás da música mais doce,
Morrem nas ondas esmagados.
Demasiada paixão, pouca sinceridade,
Ardem desejos num peito sem oxigénio,
Explodem rasgados de dor,
Esquecidos morrem nas avenidas.
Filipe Elites
Torvelinhos de lixo dourado
Torvelinhos de lixo dourado,
Dançando na praça ao pôr do sol,
Vestidos primaveris enfunados de sensualidade,
Perfumes quentes de praias demasiado usadas.
Tardes de esquecimento,
Angústia sem saber porquê,
Perguntas que gostava não tivessem feito.
Desiste de saber,
Come bem e força-te a dormir.
Diniz Giz
Dançando na praça ao pôr do sol,
Vestidos primaveris enfunados de sensualidade,
Perfumes quentes de praias demasiado usadas.
Tardes de esquecimento,
Angústia sem saber porquê,
Perguntas que gostava não tivessem feito.
Desiste de saber,
Come bem e força-te a dormir.
Diniz Giz
19.7.07
Cit.#3 - Jack London
- Ainda aí está, todo inteiro?
- Sim – responderam os seus lábios.
Quebrou-se o último fio. Algures, dentro daquele túmulo de carne, existia ainda a alma de um homem. Emparedada pelo barro vivo, continuava a arder aquela inteligência fogosa que lhe havíamos conhecido. Mas ardia em silêncio e nas trevas. Estava como que separada do corpo. Não tinha corpo. O próprio mundo não existia. Conhecia-se apenas a si mesma, e a vastidão infinita do silêncio e das trevas.
Jack London, O Lobo do Mar
- Sim – responderam os seus lábios.
Quebrou-se o último fio. Algures, dentro daquele túmulo de carne, existia ainda a alma de um homem. Emparedada pelo barro vivo, continuava a arder aquela inteligência fogosa que lhe havíamos conhecido. Mas ardia em silêncio e nas trevas. Estava como que separada do corpo. Não tinha corpo. O próprio mundo não existia. Conhecia-se apenas a si mesma, e a vastidão infinita do silêncio e das trevas.
Jack London, O Lobo do Mar
Bateram na Porta
Bateram na porta da esquerda,
Depois na da direita,
assustou-se fora descoberto,
Movimentos engasgados e tensos,
Uma mão em cada maçaneta,
Pensamentos ultra rápidos.
Tentou não fazer barulho a respirar,
Olhou desesperado o quarto minúsculo,
A janela dava para as escadas de serviço,
Deu passos de marcha silenciosa,
Fugiu sem olhar para trás.
Correu como um louco escadaria abaixo,
Sentia o coração saltar no peito,
A noite escondia os degraus,
Espiralou ofegante até ao fim,
Olhou para cima curioso,
através do centro da escadaria,
Morreu com um balázio na testa...
Zé Chove
Depois na da direita,
assustou-se fora descoberto,
Movimentos engasgados e tensos,
Uma mão em cada maçaneta,
Pensamentos ultra rápidos.
Tentou não fazer barulho a respirar,
Olhou desesperado o quarto minúsculo,
A janela dava para as escadas de serviço,
Deu passos de marcha silenciosa,
Fugiu sem olhar para trás.
Correu como um louco escadaria abaixo,
Sentia o coração saltar no peito,
A noite escondia os degraus,
Espiralou ofegante até ao fim,
Olhou para cima curioso,
através do centro da escadaria,
Morreu com um balázio na testa...
Zé Chove
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Convento dos Capuchos
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