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17.7.07

Rock_7

Poemas de rua, poemas de nojo,
Música gasta de álcool, ritmos bravos de cidade.
Manhãs podres de angústia,
Quero cometer novos erros.

Velocidade nos fumos bafientos,
Luzes mortiças no alvor.
Sol braseiro de verão de horror,
Toda a gente me chateia como lagartos ao sol.

Pássaros loucos de tesão,
Flores intensas de baton.
Gatos fundidos arregaçados,
Cagaste a perna até à virilha.

Se te sentes mal junta te a nós,
Prometemos que te daremos bofetadas para te animar,
Se quiseres parte as mesas todas deste antro,
Berra até a garganta sangrar de fogo,
Depois corre pela rua aos saltos,
Mandando socos na barriga dos velhos preguiçosos.

Quando eu era um alien,
Ficava no quarto o dia todo fechado,
Jogos de computador a toda a hora ,
Segredos adolescentes abafados.

Tv sozinho fora de horas,
Paranóias relacionadas com biscoitos do Dia,
Pó debaixo das unhas,
Manhãs até ás 15:00.

Vasco Vides

Questionário

Onde ficam as abelhas no inverno?
Os pardais morrem nos seus ninhos?
Porque não cai a chuva toda junta,
como um lençol de água?

Vasco Vides

Rouco de gritar pela rua

Rouco de gritar pela rua,
Sem que lhe dessem crédito,
Desesperava agora abatido,
Preparado para o espectáculo inédito.

O mundo inteiro iria saber,
Aquilo que ele proclamava,
Ficou de bruços em cima do balcão,
O taberneiro esse acreditava.

Vasco Vides

16.7.07

Rock_6

Duas criaturas frágeis fechavam-se no quarto e,
Tic tac caem anjos no jardim,
Zic zac os garfos raspam nos pratos,
Lala melodias doces através da noite!

Vasco Vides

Eu sou um bandalho

Não me tentes provar que as músicas,
que ouves são melhores que as que eu oiço,
só as vai tornar piores,
diz me antes que andas a ouvir algo diferente.

Não me perguntes o que achava se pintasses madeixas ruivas,
Aparece-me de madeixas loiras,
Faz-me surpresas,
Que eu gosto sempre de ti.

Não me perguntes se sou capaz de acordar sozinho,
Dir-te-ei que sim com ar compenetrado,
Mas amanhã não aguento e ficarei deitado,
Faz tudo por que eu sou um bandalho.

Perguntaste se gostava do teu novo penteado,
Disse que não para te chatear,
Mas acariciei-o deslumbrado,
Estás-me sempre a apaixonar.

Vasco Vides

Na vastidão do areal

Na vastidão do areal,
Corremos sem destino ao sabor do vento,
De olhos cegos do sol brutal,
Em busca de felicidade por um momento!

Vasco Vides

Não quero voltar a ouvir falar de prazer

Não quero voltar a ouvir falar de prazer,
Vou ser seco como a tábua,
Não vou ouvir o animal,
Vou esmagar o animal!

Vasco Vides

13.7.07

Saltava de Árvore em Árvore

Saltava de árvore em árvore engravatado,
“Não quero saber”.
Já disse que gosto de comer sopa no táxi,
“Quem é que não gosta?”

Vou fazer directas sem parar de olhar os teus lábios,
Vou fazer tudo o que me pedires com todo o gosto,
E quando me cansar lembro-me da tua graça,
Só tu conseguiste que deixasse de dormir no estábulo.

Vasco Vides

Depois do moche

Depois do moche o guilhas tinha a boca cheia de areia,
o anoitecer no oceano trazia o som de ondas antigas.
Deitadas as damas a conversar fizemos uma fogueira,
cantamos ao som das guitarras vozes amigas.
Somos livres,
jovens,
amamos a praia.

Vasco Vides

Shot_4

Arquelau era um ladrão de rosquilhas de azeite.

Vasco Vides

12.7.07

Rock_2

Não interferirei,
o único som que tens de ouvir é o meu suspiro,
deixa-me ser a melodia na tua cabeça que embalas nos transportes.


Vasco Vides

Mais uma manhã.

Mais uma manhã, mais um dia imposto,
posso forçar-me a dormir,
porquê enfrentar mais um dia?
- quando posso ter-te nos meus sonhos.


Vasco Vides

11.7.07

Caca Acumulada nos Cantos da Pocilga #3

Não nos importam as questões
que perturbavam a mente dos antigos
A morte a glória, as almas as nações
A praia o sol, cervejas e amigos

Vasco Vides

10.7.07

Rocha de Som

Rocha de som cuspida em turbilhões,
brutos arrastou a multidão,
vieste contra mim aos trambolhões,
apanhei-te como uma pena na praia.

Tratei de ti que voavas despida,
no meio do mundo desamparada,
olhaste para mim não disseste nada,
juntos enfrentaremos toda a raiva.

Vasco Vides

As madeiras

As madeiras começaram a ranger,
correste escada abaixo sorridente,
saltaste na rua de ar no peito,
gritaste de alegria animalesca.
Cadências novas na cabeça,
não queres incomodar ninguém,
assumes o desafio do autocarro,
olhas de cima as miúdas.
O baixo sedutor fê-las vibrar,
danças ancestrais reboladas,
guitarras de bar mal afamado,
passaste loira rabo de cavalo.
Assobiei guloso rebarbado.
piscaste o olho fiquei pasmado.
Rouca mota do desejo,
acelerei sem capacete contra o vento.
A tua voz demasiado miúda,
fazia-me palpitar de desejo,
repetias infinitamente o meu libido.

Vasco Vides

Xutos e Pontapés

Quando pensaste que o ritmo não podia acelerar mais.
Bum! Expludo, rasgo dou-te mais!
E quando pensaste que já arfava.
Pam! Chuto, parto e esmago!
Fica longe!
Em português eu canto e brado,
pensas que fico calado?
Destroço, subjugo, mordo e estrago!

Vasco Vides

9.7.07

ROCK_4

Rock! Já tou cansado de saltar nas dunas,
ao pôr do sol atiro-me sobre as canas.
Miúdas! Já tou farto atiro-me sobre ondas geladas,
soa a mentira, mas são verdades.

Vasco Vides

Shot_8

A minha vida gira sobre ti,
és a mais bela que já vi.

Mário

Alpendre_3

Sentado no alpendre imóvel pelo sol,
odeio tudo o que mexa depois do almoço.
Mente em branco como a areia,
sou um peso no universo.

Mário

ROCK_5

Saí louco a guiar,
carro podre escavacado,
música brava a gritar.

Mário

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...