Um tentando os vossos pais
Outro ronda os caminhos assustando
Os vossos irmãos
Sussurra baixo a decrepitude
Cego à avenida em agitação
A natureza camuflou-o
Um sagrado turíbulo
Argêntio pêndulo
Mil cornucópias de ouro acrisolado
Inalei o fumo de carnes
A multidão de criaturas imoladas
Entre gemidos brasas negras
Densas como leite condensado
Tingido de sangue e ferrugem
Incenso de dor em nuvens
Do bálsamo de vida sobre as brasas
Um querubim remexe com os dedos
Pouco articulados de bebé
As cinzas putrefactas
Que poderiam encher uma sala
Rescoldo duma existência
No fundo negro do turíbulo
Flutuando de asas cada vez mais cinzas
Com um suspiro encontra fio de prata
Retesado como um aguilhão adamântio
Eleva-se nos ares…
Oh monte de sargaço informe
Que atordoas até as moscas
Com teus humores de podridão
Acorda!
É Deus quem no-lo dá
Sem vos afogardes
Contemplai tudo com a brandura
Dos gestos subaquáticos
Protegendo os filhos
Dos babuínos
Sob os nossos pés que pairamos
7 moças gordas e 7 magras
mas são as mesmas 7
7 gordas e 7 magras
E nós sem querer deixámos
A pele evaporou-se com o barulho
Dos fritos e efervescentes nuvens de vapor
Atrevessou-vos de olhar febril amarelo líquido
Doenças de estábulo
Que vos atacam humilde rebanho
Já as ultrapassásteis
Descobri agora a verdade
Zé Chove